Dois monges estavam lavando suas tigelas no rio quando perceberam um escorpião que estava se afogando. Um dos monges imediatamente pegou-o e o colocou na margem. No processo ele foi picado. Ele voltou para terminar de lavar sua tigela e novamente o escorpião caiu no rio. O monge salvou o escorpião e novamente foi picado. O outro monge então perguntou:
"Amigo, por que você continua a salvar o escorpião quando você sabe que sua natureza é agir com agressividade, picando-o?"
"Porque," replicou o monge, "agir com compaixão é a minha natureza."
(Outra versão deste conto descreve uma raposa que concorda em carregar um escorpião em suas costas através de um rio, sob a condição que o escorpião não o pique. Mas o escorpião ainda assim pica a raposa quando ambos estavam no meio da correnteza. Enquanto a raposa afundava, levando o escorpião consigo, ela lamentosamente perguntou ao escorpião por que tinha condenado a ambos à morte ao picá-la. "Porque é minha natureza."
A mesma estória é encontrada na tradição indígena americana. No Brasil a raposa é substituída por um sapo.)
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