Penso que algumas pessoas nascem com uma predisposição para serem excepcionais na arte do desenho. Além dos diversos artistas - de charges, cartuns, tirinhas, caricaturas, quadrinhos, mangás, livros, revistas etc. - que têm se destacado nos últimos tempos, uma das pessoas que mais me inspiram na exploração dessa capacidade é o polímata que viveu durante o período renascentista, Leonardo da Vinci, que conciliou sua notável habilidade com os traços e a sua imensa curiosidade, para buscar e representar explicações sobre os fenômenos da natureza e a estrutura dos seres vivos, bem como para arquitetar diversas tecnologias para os mais variados fins, tornando-se referência no uso de técnicas como o “sfumato” e o “chiaroscuro”.
Além de trabalhar em algumas criações - objetos, cenas e pessoas - utilizando tais técnicas, uma das práticas que eu também recorro para me desenvolver é a de copiar desenhos pré-existentes por meio da observação, muitas vezes, alterando a escala original, pois creio que, assim, me atentando aos detalhes e à proporção, nesse processo de "transcrição", eu melhore o meu próprio traço.