Neste dia, além do lançamento do meu livro A LER VAZIOS, tive a oportunidade de prestigiar a exposição “Estrutura Explodida”, que conta com algumas instalações com os poemas do Haroldo de Campos, bem como algumas considerações sobre a “vidobra” desta ilustre pessoa.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
EXPO ESIA @ SARAU DO VINIL - 18/08/16
Na edição de agosto do Sarau do Vinil, lancei o meu livro A LER VAZIOS e levei a poesia concreta e visual para além do ambiente virtual. Além disso, trabalhei em uma nova experimentação para o nome da série "EXPO ESIA" e o resultado foi este:
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
EVENTO: SARAU DO VINIL @ BAR AREA51 - 18/08/16
Quinta, 18... Tem, hein!!
Só chegar família!
O friozinho de Agosto pá nóis é pouco e o amor aqui vai deixar tudo bem quentinho! Microfone Aberto, para o que der e vier e convidados pra lá de especiais! Vem com a gente sentir essa noite...
Lançando seu livro "A Ler Vazios" o amigo, Daniel Brito além das palavras sonoras trará sua Poesia Visual, numa expo bem bacana onde o poeta brinca com as palavras e imagem, fazendo a galera pirar o cabeção...
'RAP pá nóis é hino' e representando muito bem o movimento dois caras que estão carregando a bandeira do RAP com muita responsabilidade e compromisso, dois monstrão da cena RAP, nos Saraus. Pocket Shows com Cocão Avoz e Fino Du Rap, pesados nas ideias... Vem para refletir nessa onda poética sonora!
E pra fechar a noite o recém amigo que nos recebeu com muita atenção qdo levamos o Cacete di Aguiá lá para o Panelafro e agora queremos recebê-lo tão bem qto fomos recebidos lá. Daniel Silva, seja bem vindo, vc e tantos santos que traz nos vinis. Preprarem pra sonoridade luxuosa desse mano, seleção daquelas de tirar o chapéu e balançar!
Vamo que vamo Família!
Traga o povo todo, nosso povo é sempre nóis!
segunda-feira, 9 de maio de 2016
MAIOR MOSTRA JÁ REALIZADA DE AUGUSTO DE CAMPOS REPASSA 65 ANOS DE CARREIRA DO CONCRETISTA
Em entrevista à ARTE!Brasileiros poeta fala sobre a exposição e sobre o momento político do país: “O que o Brasil está passando é obra em regresso”
Marcos Grinspum Ferraz
06/05/2016 9:00, atualizada às 06/05/2016 11:54
Augusto de Campos durante entrevista no SESC Pompeia. Foto: Marcos Grinspum Ferraz
“O fato é que estes poemas caberiam melhor talvez numa exposição, propostos como quadros, que num livro”, escreveu certa vez o concretista Augusto de Campos, hoje aos 85 anos. Se caberiam melhor ou não, o certo é que a obra “verbovicovisual” – termo que se refere às dimensões semânticas, sonoras e visuais da palavra – do poeta paulistano cabe não só em livros e quadros, mas também em vídeos, colagens, esculturas, músicas, instalações, holografias e projeções. Decorre desta constatação a montagem da exposição REVER, em cartaz no SESC Pompeia, maior mostra dedicada à obra de Augusto de Campos já realizada.
“Eu acho que essas coisas já estavam potencialmente dentro da poesia concreta”, diz o autor sobre as várias plataformas utilizadas na mostra, inclusive as mais tecnológicas. “Claro que você não podia prever a que ponto chegaríamos, mas havia, virtualmente, pressupostos”, continua Augusto em entrevista a ARTE!Brasileiros. Nessa linha, como explica o curador da mostra, Daniel Rangel, o poema Desgrafite se tornou um grafite, Espelho foi impresso em cima de um grande espelho e assim por diante. “Muitos dos suportes que a gente escolheu para expor já estavam, entre aspas, nos livros”, afirma Rangel, que concebeu a exposição em diálogo constante com o poeta. Os livros, no caso, são os quatro lançados por Augusto ao longo da vida – Viva Vaia (1979), Despoesia (1994), Não (2003) e Outro (2015) – que, junto a outras peças e a manuscritos, são as bases da exposição.
Alguns dos suportes presentes também já haviam sido utilizados pelo autor ao longo se sua carreira de 65 anos, iniciada pouco antes de fundar ao lado de Haroldo de Campos e Décio Pignatari o grupo Noigandres, em 1952. A célebre poesia Viva Vaia, por exemplo, escrita em 1972 em homenagem a Caetano Veloso e exposta como uma grande escultura de aço em REVER, já havia sido apresentada neste formato outras vezes, mesmo que em reproduções menores. Vídeos, hologramas e animações, por exemplo, também não são novidades para o poeta, que sempre buscou acompanhar as tecnologias de cada época. “Até os vídeos em 3D, realizados pela primeira vez agora, já pediam o 3D antes mesmo dele existir”, diz Rangel. “Isso é uma característica do trabalho do Augusto, que sempre foi um vanguardista”. Se não fosse pela questão geracional, talvez o próprio autor estivesse produzindo com tecnologia de ponta em casa: “Comecei a trabalhar com meu próprio computador doméstico só em 1992. Então eu já tinha 60 anos, quando o ideal era ter 20”, brinca.
Escultura para “Viva Vaia” na mostra. Foto: Divulgação
Diante da diversidade de plataformas e linguagens utilizadas, Rangel afirma que a mostra tem como objetivo, além de apresentar uma grande retrospectiva (também prospectiva, segundo ele) do trabalho do autor, corrigir uma falha histórica que permanece ainda hoje. “Em qualquer biografia sobre Augusto, ele é considerado poeta, tradutor, crítico e ensaísta, mas nunca artista. E um dos objetivos desta exposição é corrigir um pouco esse erro, uma vez que ele é também um grande artista”. Perguntado sobre o assunto, Augusto relembra a célebre Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956, que lançou as bases do concretismo no País, reunindo poetas e artistas plásticos. “Então não esse, da arte, não me é um ambiente estranho, apesar de não ser tão frequente em uma exposição a presença de poetas”, diz ele. Mas Augusto também é um artista, não? “Eu suponho que sim”, responde o próprio, rindo.
A questão da falta de reconhecimento de Augusto enquanto artista é, na verdade, parte de uma possível falta maior, de reconhecimento da própria poesia concreta. Em entrevista, certa vez, o autor afirmou que os poetas concretos se defrontaram com um muro de negação diante de minoritários aplausos. “Isso mudou muito, hoje a poesia concreta está até em livros didáticos. Na crítica ainda há quem seja muito contra, mas isso é natural, até importante. Porque significa que você incomoda, e a arte tem que provocar, né?”. O curador é ainda mais contundente em sua afirmação: “Eu acho que a poesia concreta ainda está numa fronteira onde ela nem é tão reconhecida no campo da literatura, nem no campo das artes visuais. Então ela vive meio numa fronteira, numa espécie de limbo crítico”. Mas assim como o poeta, Rangel reconhece uma melhora no panorama. “Agora começa a cair mais a ficha das pessoas em relação ao Augusto, mas ele passou muito tempo numa espécie de ostracismo. Tanto é que uma exposição deste porte só acontece agora. Precisou chegar aos 85 anos pra ganhar uma exposição que ele pode realmente chamar de dele”.
Enquanto celebra os 65 anos de carreira e a realização de sua maior exposição, Augusto lamenta profundamente a situação do país e o possível afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Autor do poema-colagem Psiu (1966) em plena ditadura militar e de outras obras relacionadas à vida política brasileira ao longo das décadas, Augusto não apresenta em REVER nenhum trabalho ligado diretamente ao conturbado momento atual, até mesmo porque a mostra foi planejada muito antes de ter inicio o processo de impeachment. “Mas, quem sabe, depois do circo grotesco que nós fomos obrigados a assistir pela televisão, proporcionado pela Câmara dos Deputados, a poesia possa trazer um pouco de sensibilidade, um pouco de consciência. Quem sabe pode dar um pouco de luz e de esperança para esse momento tão conturbado e triste”.
Relembrando que é também advogado e foi procurador do Estado durante 40 anos, Augusto argumenta que a destituição da presidenta não tem base jurídica sólida. Mas com a veia poética que fala mais alto, ele conclui trabalhando as palavras: “Fica até um paradoxo, porque o que se está vendo aqui, na exposição, é obra em progresso, e o que o Brasil está passando é obra em regresso”.
A exposição “Rever_Augusto de Campos”. Foto: Marcos Grinspum Ferraz
Serviço – REVER_Augusto de Campos
Até 31 de julho
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 73
11 3871-7700
Entrada gratuita
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
EXPOSIÇÃO: MARIA BONOMI E PHILADELPHO MENEZES @ CASA DAS ROSAS
MARIA BONOMI EXPÕE SEU LIVRO-OBJETO O ELOGIO DA XILO NA CASA DAS ROSAS
As xilogravuras foram criadas pela artista para o poema Elogio à Xilo, de Haroldo de Campos.
A Casa das Rosas abre sua Bibliocasa para receber, até 15 de setembro, a mostra O Elogio da Xilo, da artista plástica Maria Bonomi.
As xilogravuras criadas pela gravadora Maria Bonomi em torno do poema Elogio à Xilo, de Haroldo de Campos, transformaram-se em um livro-objeto recém-adquirido pela Casa das Rosas.
Esse trabalho, adaptado dos versos haroldianos, será revelado em suas diversas facetas nesta mostra de um livro só. A exposição faz parte de uma série de eventos do Centro de Referência Haroldo de Campos em torno da relação da poesia de Haroldo com as artes plásticas.
Maria Bonomi é gravadora, escultora, pintora, muralista, curadora, figurinista, cenógrafa e professora. Recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais por seu trabalho de gravadora e de cenógrafa.
OBRA DE PHILADELPHO MENEZES COMPÕE NOVA EXPOSIÇÃO DA CASA DAS ROSAS
Após 14 anos do falecimento do poeta, sua viúva e artista plástica Ana Aly disponibiliza poemas e livros-objetos para ilustrar a trajetória do escritor.
A Casa das Rosas realiza de 30 de maio a 31 de agosto de 2014 uma homenagem ao poeta Philadelpho Menezes com a exposição Goma de Mascarar Sabor Mental.
A curadora da exposição Ana Aly, artista plástica e viúva de Philadelpho Menezes, destaca a importância da obra do poeta, na qual apresentará uma reunião das poesias visuais, livros-objeto, poemas sonoros e hiper-mídia, das quais ela foi em muitos momentos a arte-finalista. A exposição é uma boa oportunidade para muitas pessoas recordarem e outras conhecerem a obra e a figura de Philadelpho Menezes, que faleceu no ano 2000.
Philadelpho Menezes foi poeta, ensaísta, tradutor, editor, teórico e promotor de eventos nacionais e internacionais que reuniu poetas abrindo espaço para difundir os novos gêneros e rumos da poesia contemporânea mundial. Menezes também organizou no Centro Cultural São Paulo as mostras Poesia Intersignos (1985) e a 1ª Mostra Internacional de Poesia Visual (1988) em São Paulo.
O poeta também era formado em Direito pela USP e professor, mestre e doutor em Comunicação e Semiótica na PUC/SP. Incansável pesquisador, Menezes trafegou pela vanguarda do movimento poético experimental brasileiro e europeu, tanto visual como sonoro, além de ser autor de uma respeitada obra crítica. Seu conceito de "poesia intersignos” colocou em novos termos a relação entre imagem, som e gesto, suscitando novas discussões sobre o universo da poesia experimental.
Menezes também foi pioneiro na criação e divulgação da poesia sonora no Brasil. No ano de 1990, por conta da pesquisa para sua tese de doutorado, manteve contato com intelectuais como Umberto Eco, Henri Chopin e Eugen Gomringer, além de artistas europeus mais jovens dedicados a experimentos nessa modalidade de composição. Segundo Ana Aly “Philadelpho foi um criador para quem a reflexão teórica sempre foi um complemento imprescindível à produção artística”.
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